
TALVEZ...
Notei, de repente: aquele homem
Alvejei minha mira nele
Por meu acerto
Isso faço, gosto, mal que me faz bem
Dona dele nem sei quem é
Quiséra fosse eu!
Ele veio, postulado
De primeiro, eu pensava em não pensar
Mas, agora, a fantasia já vive em mim
...
Agora, aqui, debaixo dessa árvore
Sinto o quanto estamos distantes, porém tão próximos...
Estamos?
Talvez esse plural seja ilusão do meu singular
Talvez não!
Entre as certezas e in – sinto
E esse desejo talvez transpareça
De certo já notou
Se notou, gostou?
Também deseja?
...
Preciso concentrar-me
Paro
Respiro
Um sorriso:
O meu
Ninguém entende
Rio de mim
Da situação
Rio enquanto ele sabiamente tece seus comentários
Gesticula...
E eu – junto ao meu pensamento, vou além:
Além do lugar
Além da aula
Além do mote
Além de mim
Quero
Desejo
...
Viajo para longe...
Viajo para perto...
Para longe de todos
Para perto dele
Bem ali
O tocar
O satisfazer
O prazer..prazer
O querer
...
Desabafo?
Não!
Quem me entende?
Me declaro?
Ele não haveria de crer!
...
De repente tomei em mim o gole de um pensamento
Mais um...
Sempre me vem quando fecho os olhos:
Melhor abrí-los
...
Preciso concentrar-me
Paro
Respiro
Dou um sorriso
Ninguém entende..
Só ele..
Talvez.