terça-feira, 8 de dezembro de 2009



Para Renata

A amizade é um meio de descobrir coisas, de deixar-se descobrir
Revelar-se
É concordar
Discordar
É revelar segredos
Manter segredos
Cumplicidade!
É preparar um discurso
Olhar nos olhos
Desconstruir o discurso
É lembrar
O telefone tocar
Sincronicidade!
É rir, chorar
É passar o dia junto
É sentir saudade
É admirar até os defeitos
Aprender novas palavras
Tornar outras mais belas
É refugiar-se
Planejar
Dialogar com os olhos
É consolar
É ser consolado

...

A amizade é um meio de ser amado
Ser semelhante
Diferente
Mas NUNCA indiferente

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Simples assim

Era uma manhã dessas
Um toque me despertou
Aos poucos fui me lembrando
Lembrei-me com tanta exatidão, que conseguia sentir:
O cheiro
O toque
O olhar
Você
...
No devagar depressa do tempo
Adiantei-me a cumprir os deveres:
De mulher
De mãe.
Administrando e pensando
Lembrando
Relembrando
Sentindo
Incrível como um sonho
Delicioso de amor
Penetra!
“Aprendo
Te aprendo, homem
O que a memória ama
Fica eterno
Te amo com a memória, imperecível”
Acordei de estar acordada..
Divago, quando só o que quero é dizer te amo

Adélia Prado em mim

A mim que desde a infância venho vindo
como se o meu destino
fosse o exato destino de uma estrela
apelam incríveis coisas:
pintar as unhas, cortar o cabelo,
pintar os olhos,dançar, beber.
Tomo o nome de Deus num vão.
Descobri que a seu tempo
vão me chorar e esquecer.
Vinte anos mais cinco é o que tenho,
mulher ocidental que se fosse homem
amaria chamar-se João Guimarães Rosa
Neste exato momento do dia cinco de julho
de dois mil e nove,
o céu é bruma, está frio, estou feia,
acabo de receber uma má notícia por e-mail.
Vinte anos mais cinco: Não quero a faca nem o queijo, quero a fome!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Talvez...


TALVEZ...
Notei, de repente: aquele homem
Alvejei minha mira nele
Por meu acerto
Isso faço, gosto, mal que me faz bem
Dona dele nem sei quem é
Quiséra fosse eu!
Ele veio, postulado
De primeiro, eu pensava em não pensar
Mas, agora, a fantasia já vive em mim
...
Agora, aqui, debaixo dessa árvore
Sinto o quanto estamos distantes, porém tão próximos...
Estamos?
Talvez esse plural seja ilusão do meu singular
Talvez não!
Entre as certezas e in – sinto
E esse desejo talvez transpareça
De certo já notou
Se notou, gostou?
Também deseja?
...
Preciso concentrar-me
Paro
Respiro
Um sorriso:
O meu
Ninguém entende
Rio de mim
Da situação
Rio enquanto ele sabiamente tece seus comentários
Gesticula...
E eu – junto ao meu pensamento, vou além:
Além do lugar
Além da aula
Além do mote
Além de mim
Quero
Desejo
...
Viajo para longe...
Viajo para perto...
Para longe de todos
Para perto dele
Bem ali
O tocar
O satisfazer
O prazer..prazer
O querer
...
Desabafo?
Não!
Quem me entende?
Me declaro?
Ele não haveria de crer!
...
De repente tomei em mim o gole de um pensamento
Mais um...
Sempre me vem quando fecho os olhos:
Melhor abrí-los
...
Preciso concentrar-me
Paro
Respiro
Dou um sorriso
Ninguém entende..
Só ele..
Talvez.

About me:

Sonhar sempre foi o verbo constante nas páginas do livro de sua vida.
Com os tombos...
...aprendeu a se levantar.
De uma forma geral, é fácil degustar o doce, o mel..provar o antônimo disso é o que a fez despertar enquanto uma mera sobrevivente à mercê do dia seguinte.
Disseram-na, que está de passagem...
... e se de passagem está, é uma aprendiz.
Logo, se fez claro a regra principal: o aprendiz precisa, em algumas situações, "vivenciar" aquilo que está aprendendo.

...

Sua origem?
Uma incógnita!
Mas é tão bem resolvida que isso não consegue torná-la infeliz
De onde veio já não importa.
Antes, é facilmente possível notar no que ela se transformou.
Vive!
Vive como se protagonizasse uma peça... mudanças podem eventualmente ocorrer, mas ela não desiste do seu papel.
Algumas atitudes fizeram-na quase desistir de acreditar no amor, entretanto, um nascimento a fez entender a exclusividade de um amor maior

[o capricorniano]

Esse a fez entender que a vida nem sempre nos dá o que queremos, mas apresenta-nos diariamente um novo capítulo
...
Chorar...
Sorrir...
E os verbos continuam constantes nessa vida tão inconstante.

By Eunice